15/03/2015

Home office


Eu já estava insatisfeita com a configuração do nosso escritório desde que nos mudamos. Nunca foi do jeito que eu queria mas como tínhamos outras prioridades, fomos deixando pra lá. Como preciso analisar processos, mexo com muito papel e agora estou fazendo faculdade à distância, sempre necessitei de uma mesa grande. Usei a mesa de jantar por um tempo mas era bem cansativo ficar carregando o que eu precisava pra lá e ter que arrumar tudo quando recebia alguém.

Num dia me deu a louca e resolvi mudar os cômodos de lugar: escritório foi pro quarto e vice-versa. Até hoje me pergunto porque não tentamos essa configuração desde o início e lembro que o buraco do ar-condicionado ficava no quarto e era mais prático do que ter que fazer um novo no outro cômodo. Com a conta de luz nas alturas, deixamos de usar o ar e este detalhe deixou de fazer diferença.

Mudamos e eu já senti muita diferença. O escritório ficou mais aconchegante mas eu ainda estava insatisfeita com minha mesa de trabalho. Ela era pequena para mim (90x60) e eu precisava usar um outro móvel como apoio. Mas esse móvel, herdado de família, era bem grande e nada prático. E eu simplesmente não consigo me mover em lugares desorganizados e que não me atraiam para estar ali. Durante anos tive uma mesa de estudos velha e simples mas ela era boa e me bastava. Não tem a ver com beleza e marca, tem a ver com conforto.


Catei na Tok&Stok uma mesa como eu queria, tamanho 130x65. Meu orçamento era limitado, então foi fácil escolher. Mas, quando a mesa chegou, os rapazes não montaram direito. Os pés estavam soltos e, na hora de carregar pro quarto, dois pés caíram. Passei um sufoco mas consegui encostá-la, sozinha, na parede, mesmo bamba. Já estava meio irritada pensando no transtorno que seria conseguir uma substituição mas o Rafa conseguiu apertar os pés e ela ficou mais firme. Claro que não é o supra-sumo da qualidade mas creio que dará conta.


Minha mesa agora tem esses dois cantinhos.


Esse é meu lado direito, com os papéis que preciso ter sempre à mão, canetas e jarrinha de água.

Sobre a caixa de entrada eu falo em outro post, com minha rotina de organização.









Esse é meu lado esquerdo:


A caixinha amarela - eu que pintei!!! :) - era um suporte de monitor. Usava nos escritórios para manter o monitor na linha do meu olho. Mas como agora uso um suporte para notebook que cumpre essa função, resolvi pintá-la e fiz de caixinha para guardar coisas que uso no dia-a-dia (post-it, grampeador, furador, etc). Tenho um gaveteiro do lado mas achei melhor dividir para ficar mais prático.



Tem ainda: cheirinho - lembrancinha do nosso casamento! Ainda tem, dois anos depois! - carimbos, porta-copo para as xícaras de café e caixinha preta organizadora de carregadores.





10/03/2015

Introdução - EJA

Se tem uma coisa que me apaixona é trabalhar com Educação de Jovens e Adultos (EJA). Fui professora de informática na ONG SBS, em Laranjeiras, em 2000/2001, numa época em que poucas pessoas tinham computador em casa e internet ainda era discada hahahaha Ensinei conceitos básicos de Word, Excel e Paint e, para eles, era o máximo da tecnologia. Como era maravilhoso ver o brilho nos olhos quando eles aprendiam a ligar o computador sozinho, abrir o programa e começar a digitar. São coisas tão bobas para muitos mas, que, para quem trabalha com EJA, são extremamente significativas.

Agora estou começando a alfabetizar jovens e adultos. Cada um tem um ritmo, alguns sabem ler um pouco, outros escrevem um pouco mas todos tem deficiências grandes no ensino da língua portuguesa que impedem que eles tomem coragem de se matricular em um colégio regular, no ensino fundamental. E, por isso, procuram um curso de alfabetização, ainda que já tenham sido minimamente alfabetizados.

É uma experiência valiosa e gratificante. Sabemos que muitos desistem mas nossa missão é motivá-los. Mais do que ensinar até, arrisco dizer. É fazer com que eles acreditem na força que eles tem, é mostrar que nunca é tarde para (re) começar. É fazer com que eles se sintam valorizados, estimulados. É um baita desafio mas que faço com amor.

Contarei mais de EJA por aqui. Esta foi só a introdução :)

08/03/2015

Pedagogia EAD

Na quarta comecei a faculdade de Pedagogia, à distância. Escolhi essa modalidade porque é mais fácil de administrar os horários. Porém, mesmo com essa flexibilidade, há a necessidade de uma organização. Então, montei um quadro de horários para cada disciplina, a fim de manter a regularidade e guiar minha revisão semanal.

Revisão semanal eu aprendi com a Thais Godinho, que me ensinou o método GTD (vai lá no Vida Organizada, que você vai achar um monte de artigos sobre esse método). Tenho adaptado à minha rotina e tem dado certo.

Montei um calendário semanal e vou marcando nele os compromissos com hora certa (aulas, reuniões, audiências, etc). Depois, de lápis, vou organizando os horários de acordo com os compromissos do dia. Por exemplo, se segunda é um dia livre de manhã/tarde, separo os horários da faculdade, do trabalho, almoço, tarefas rotineiras, etc. Se em outro dia eu tenho compromisso à tarde, vejo se é possível incluir aula da faculdade. Se não der, jogo a aula para o dia seguinte, sempre mantendo a carga horária semanal de todas as disciplinas.

Muita gente não gosta de EAD porque não tem disciplina e organização. Será um desafio imenso mas acredito que o primeiro passo eu já dei: montar um sistema que funcione. Agora, é paciência, força de vontade e muito estudo. Que Deus me abençoe :)

05/03/2015

Mês passado, uma conhecida indicou um livro chamado "A Lista de Brett" e eu me interessei. Catei no kindle e numa madrugada insone li quase todo ele. Ficou faltando pouca mais de 1 hora para terminar (adoro essa contagem em horas do kindle; ele identifica quanto tempo você demora em cada página e calcula quanto ainda falta) e terminei na manhã seguinte.



Sonhei com o livro (por isso precisei terminar exatamente na manhã seguinte hahaha) e com toda a história linda que é contada. Brett é filha de uma mega empresária do ramo de cosméticos e tem mais dois irmãos, casados. Quando a mãe morre e o advogado abre o testamento, Brett descobre que a herança dela será diferente da dos irmãos: a mãe deixou uma lista de sonhos não realizados, feita por Brett na adolescência. 

Não conto mais porque tenho medo de dar algum spoiler mas o livro é incrível: emocionante, engraçado, reflexivo. Devorei rapidamente porque vi o quanto tenho - ou tinha - de Brett em mim. Fiquei querendo o livro físico só pra ter na estante porque sou dessas... hahahah mas bora praticar o minimalismo :)

Na Saraiva, ele tá com desconto hoje: clica aqui.

12/02/2015

A arte de aprender a não fazer nada

Há dez anos eu não sabia o que era descansar mente e corpo, assim, ao mesmo tempo. Desde 2005, quando comecei a fazer a faculdade de Direito, eu só conseguia ter alguns dias de descanso. Recessos, feriados emendados, um dia aqui, outro ali. Mas nunca mais que dez dias corridos. Troquei de emprego algumas ~muitas ~vezes e isso era bom (buscava coisas melhores) e ruim (porque eu sempre tinha que me adaptar a novas regras para férias e folgas). Cheguei num ponto em que eu já estava altamente cansada de tudo, de ter sempre uma mente cheia de coisas - por mais organizada que uma pessoa seja, no fundo sempre fica aquela preocupação com os prazos. Advogado não tem vida; advogado tem prazo. 

Quando pedi demissão, me prometi que esse mês de fevereiro seria de descanso. De ficar à toa mesmo. Nesse mês acabou publicando um pouco, tive que me dedicar a alguns prazos mas tudo de forma bem tranquila. Me organizei e tenho conseguido passar dias verdadeiramente sem nada para fazer.

Porém, por melhor que isso seja e por mais que tenha sido uma decisão consciente, é muito, MUITO estranho não ter nada para fazer. Quando acordo já fico meio preocupada, repassando tudo na cabeça, até que penso que está, sim, tudo ok. E isso me levou à reflexão de como hoje nós nos sentimos culpados por não fazer nada. E não falo de viagem de férias, q é meio basicão de relaxar... falo de ficar em casa e se dar ao luxo de ficar vendo Gossip Girl de 15h à meia-noite sem que a gente se ache uma inútil ou então pré-adolescente hhahahahah

Que mundo tenso e complicado esse, né? Quando inventaram que temos que estar sempre super ocupados, ainda que seja uma ocupação de diversão - tipo, "nunca fico em casa, tenho que estar na rua"???? Quando inventaram que bonito é dizer "não tenho tempo"? Eu já fui dessas mas muito mais por uma imposição da vida do que por escolha minha... Só que hoje eu resolvi fazer uma outra escolha, na marra, com todos os pesos e consequências que essa decisão trará... Cansei dessa vida corrida ao extremo, cansei de não ter tempo pra nada, de viver cansada, estressada... 

Tem dias que fico achando que não estou mais tão motivada quanto antes, como se ficar descansando fosse uma interrupção definitiva em todos os planos que tracei. É quando paro para pensar que eu PRECISO desse tempo, preciso recompor meus pensamentos, traçar metas com calma, relaxar a mente, desfocar de tanto compromisso e tanto horário regrado. Por incrível que possa parecer, aprender a não fazer nada é tão difícil quanto aprender a fazer alguma coisa...

10/02/2015

Minha experiência com consultoria de estilo

Um dos melhores investimentos que fiz em 2014 foi contratar uma consultoria de estilo. Mudou a minha forma de me ver, de ver as minhas roupas, mudou minha forma de comprar, mudou mta coisa em mim.

Todo mundo sabe que perdi minha mãe com dois anos de idade. Ela era uma mulher muito vaidosa e muito linda.Sempre me falam do quanto ela cuidava dos cabelos, do quanto gostava de se vestir. Se ela fosse viva, eu naturalmente seguiria o mesmo caminho, acredito.

Porém, fui criada pela minha avó que não era antenada com a moda. Além disso, eu acabava gastando meu dinheiro com outras coisas e, quando se tratava de roupa, apelava sempre para o basicão, q não saía de moda e era fácil combinar.

Tive minha fase adolescente aonde só vestia camisa do Flamengo e shortinho jeans. Depois, o combo era sempre calça e camiseta ou saia jeans e camiseta. Minhas roupas eram sempre sem graça, até que passei a me interessar por moda. Mas, nessa época, apesar de ter condições de comprar coisas melhores, apelava para as fast fashion para fugir das vendedoras chatas. Além disso, não experimentava roupas, comprava coisas q não tinham a ver comigo e o resultado foi um armário abarrotado de roupas que eu não usava e sempre aquele desespero "Eu não tenho roupa!".

Comecei a ler muito blog de moda até que descobri o Hoje Vou Assim OFF, da Ana Soares. Me apaixonei pelo jeito dela escrever, com moda acessível, com linguagem acessível. Quando eu soube que ela dava consultoria, entrei em contato. Até então, esse tipo de ajuda era só para quem é rico. rs

Batemos um papo super agradável aonde o jeito dela me conquistou de vez. Com aquele sorriso largo e lindo, ela me mostrou como é valioso a gente se gostar, gostar do nosso armário, comprar de forma consciente.

Acabei adiando o início pela falta de grana mas, no primeiro dindin extra, comecei o trabalho.

São 6 etapas. Na primeira a gente bate um papo para saber quem sou e porque estou procurando uma consultora de estilo. É tipo terapia... haha Ela ainda descobre minha coloração pessoal, que é saber quais cores caem melhor em mim (sempre falando de partes de cima). Eu sou outono puro e foi aí que eu descobri pq tenho tanta implicância com preto: simplesmente preto não faz parte da minha cartela. Foi também nessa etapa que encomendei uma cartelinha para carregar na bolsa com minha paleta de cores. Facilita muito na hora de comprar pois assim não erro o tom. Óbvio que não sou proibida de comprar cores q não sejam da minha cartela mas vale mto essa coloração para não ter roupa encalhada no armário. Deixei uma ou duas camisas pretas "pós-declutter" pois tem momentos em que elas se fazem necessárias mas, no dia a dia, evito usar.

Minha cartela de cores, para facilitar quando vocês forem me dar presentes :)





Depois ela fez um rápido tour pelo meu guarda-roupa para ter noção das coisas que eu tenho. Após, ela me mandou a minha identidade visual, coisa linda de se ver! :) Também fomos dar um passeio pelas lojas para eu aprender a comprar roupas para meu tipo físico bem como ver caimento, tecido, etc...

A etapa da revitalização, definitivamente, marcou a minha vida! Botei para fora DEZ sacolas lotadas de roupas, acessórios, sapatos. Era tanta coisa que a gente botava o olho e era "rua" que eu comecei a ficar chocada com minhas compras por impulso, com minhas roupas horrorosas e com a quantidade de dinheiro gasto. Sério, eu fiquei simplesmente dois dias digerindo a minha revitalização. Resisti bravamente ao impulso de pegar de volta algumas coisas e o resultado é que hoje tenho um armário mais limpo e sei quais peças de fato preciso comprar. Dei um basta às milhares de camisetinhas brancas e às peças iguais mas de cores diferentes (sim, eu era dessas! hahaha)

A última etapa, super gostosa, é de montagem de looks. Foi cansativo pq era um tira e bota enlouquecedor, porém, consegui enxergar potencial no meu guarda-roupa.

Seguem as combinações que mais gostei. 

Essa camisa Hermès era da minha tia e eu quase devolvi por não saber como combiná-la. Ana quase teve um treco pois a mulherada de brechó ia pirar nela. Acabamos ousando numa combinação de estampas que eu simplesmente AMEI. Espero uma ocasião para usá-la sem que as ~ desentendidas ~de moda estejam presentes hahahahaha



Outra forma de combinar, essa mais discreta, foi com a saia azul:



Agora, uma que quando eu vi no espelho pensei: tenho que usar amanhã! hahahahah





Eu trabalhava num lugar com dress code rígido e insuportável! Estampas eram praticamente proibidas, assim como cores, blusas de manga curta, sapatilhas etc e acabamos trabalhando looks mais sérios, com toques de informação de moda... agora que não estou mais lá, vou usar e abusar das dicas que aprendi, das cores, das misturas de tudo... melhor coisa é ter um armário com roupas que você ama de paixão... ainda estou no caminho mas posso dizer que dei milhões de passos para a frente com a consultoria :)

02/02/2015

Fluxograma da Procrastinação

Achei esse quadro fantástico... é assim mesmo... E pelo visto não sou a única a procrastinar eternamente... ou melhor, eu ERA a única pois agora sou uma nova mulher... hahahaha


01/02/2015

O que estou lendo - Janeiro 2015

Mês novo, vida nova. Amanhã (re) começo uma nova fase. A fase em que poderei ser dona dos meus horários e me planejar de acordo com o que considero correto. Custo a crer que ter responsabilidade é sinônimo de viver estressado. Sim, já fui dessas q enchia o saco de todo mundo sob os argumentos de "mais produtividade" mas uma das melhores coisas da vida é a oportunidade que ela nos dá de evoluir sempre. 

Tive muita, muita dificuldade de me readaptar a um horário fixo. Hoje comecei a planejar minha semana e fiquei impressionada com a quantidade de coisas que posso encaixar nela. Minha maior luta vai ser contra a procrastinação mas estou estudando muito sobre isso nos últimos meses e acho que "agora vai". Vou compartilhar por aqui sempre os meus esforços e os resultados.

Dentre essas metas, quero terminar de ler e começar alguns livros desejados. Sou a louca dos livros e a fila tá imensa. Me prometi - pela milésima vez - que só vou comprar novos quando eu terminar de ler os que tenho aqui - mas o que posso fazer se encontro sempre novos títulos apaixonantes??? :)

Dos livros de janeiro:

- O Poder do Hábito - baixei no Kindle e livros do kindle gosto de ler no metrô. Como agora não terei mais metrô, vou ler antes de dormir (uma das milhares de vantagens do kindle: não pesa a mão, tem luz interna e não desmarca a página). Livro incrível, que faz a gente refletir sobre todos os hábitos que queremos mudar ou iniciar.

- A Era do Escândalo - achei sem querer na Saraiva e me apaixonei! Fala sobre casos que marcaram o Brasil e como as pessoas envolvidas gerenciaram as crises de imagem decorrentes deles. Tem a queda do avião da TAM, a crise energética do governo FHC, dentre outros. Leitura obrigatória para todo tipo de profissional que lida com gente o tempo inteiro, especialmente a galera da Comunicação e do Direito. Mto bom, ainda estou no meio mas to devorando.

- O que Fizeram com a Sua Segunda-Feira? - Esse eu vi indicação no Instagram e achei o download gratuito no site. Livro rápido e gostoso de ler, li em uma noite e uma manhã. Casos inspiradores de pessoas que resolveram ter como profissão aquilo que de fato amam fazer da vida.

- Vista quem você é - Esse também baixei no kindle, comecei a ler na época da consultoria mas terminei nesse final de semana. Como minha consultora se formou pela Oficina de Estilo, muita coisa do livro eu já sabia mas é um livro muito bom para guiar nosso guarda-roupa, nossas compras, etc. 

De livro acho que foram esses - Já falei do "Geração de Valor" aqui. Vou atualizar meu Skoob e compartilho aqui depois. Fora isso, me envolvi com as apostilas do Curso de Alfabetização de Jovens e Adultos e alguns textos sobre Andragogia. Começando a me envolver com aquilo que de fato mexe comigo: ajudar a mudar a vida das pessoas :)

22/01/2015

O dilema das gerações

Tenho refletido muito sobre as mudanças que desejamos fazer em nossas vidas e o quanto tais mudanças trazem medo e insegurança. Eu leio muito sobre as tais frustrações da "geração Y", que sonhavam com um mundo perfeito mas se depararam com as inerentes insatisfações do mundo real. Mas, ao passo em que não podemos idealizar o mundo cor-de-rosa da geração Y, questiono por que muita gente - a chamada "geração X" - acha que temos que viver em empregos ruins, conformado com a rotina simplesmente pq "em todo lugar você tem que engolir sapo" ou "emprego é só pra te dar dinheiro para vc aproveitar a vida nas horas de lazer e viajar nas férias".

Entendo que precisa existir um meio-termo entre essas gerações, que seria aonde me encaixo. Não penso cor-de-rosa como a galera Y mas tb não acho que tenho que ter um emprego rotineiro só por ter, como a galera X. Penso que é possível, sim, você fazer o que você gosta, com qualidade de vida, ainda que isso represente ganhar pouco. Mas também acho que é possível ser um empreendedor, trabalhar muito, ganhar muito e ser feliz assim.

Vivemos numa época em que o status social continua sendo mto importante. Eu posso estar extremamente infeliz com minha rotina, levantar me arrastando da cama todos os dias e com quadro depressivo mas se trabalho em um bom escritório, ok, a família está feliz e os amigos me admiram. Se eu ousar mudar o rumo, batalhar por conta própria, aguentar um tempo sem muita grana até me estruturar de outra forma, todos vão recriminar, como se eu fosse uma camicase irresponsável que não pensa no futuro. Mas que futuro? Pq temos que passar a vida pensando na velhice quando sequer sabemos quando iremos partir? Pq tentar uma vida boa "nesse momento agora" é um crime? Tenho algumas hipóteses: (i) se vc resolveu se aventurar, vc levou uma preocupação a mais para sua família. Eles tem medo do futuro, logo, se preocupam se vc irá morrer de fome um dia e se vai sobrar pra eles algum problema decorrente dessa sua decisão (ex.: sustentar vc); (ii) eles vivem de status e não entendem pq uma pessoa pode querer fugir disso - falta de empatia, no caso. Quando a gente tenta entender os sentimentos e frustrações do outro, temos uma maior tolerância com as decisões dele; (iii) eles não tem coragem de arriscar o status, o conforto, a falsa segurança para mudar o rumo. E se der errado? Eu penso que, se der errado, deu, ué, e eu acerto o rumo mais uma vez. Simples assim.

Eu tenho uma profissão que me dá liberdade para trabalhar de muitos jeitos e em muitos lugares. Não tenho mais paciência para uma rotina de escritório. Essa coisa de ter horário para chegar e sair; atividades rotineiras; ter que pedir tudo pros chefes - mesmo qnd vc sabe q está tudo ok e pode faltar; ter que tomar decisões não baseadas no que você deseja mas no que os outros - colegas e chefes - vão pensar: um corte de cabelo novo, uma unha numa cor diferente, a decisão de engravidar sem ter que ficar combinando com as demais mulheres, etc, enfim, tudo que gira em torno de um emprego convencional me cansa... Não me cansava mas hoje cansa. Pode ser que algum dia eu retome o gosto - aquela história de estar sempre acertando o rumo - mas hoje cansa. E, hoje, é necessário que eu decida o que fazer para mudar isso.

Não é fácil e dá medo. Largar o certo pelo duvidoso coloca frio na barriga em qualquer um. Estou preparada para muitas críticas mas estou decidida a arriscar. Se der errado, eu procuro outro emprego, eu corro atrás. Tenho gostado de uma frase que diz: "não tenho compromisso com o erro; volto atrás sempre que necessário". Eu penso que a vida não "tem que" ser um traçado perfeito, com tudo planejado desde que nascemos até quando morrermos. Acredito que deve ser bom para muitas pessoas esse planejamento milimétrico mas eu não consigo me encaixar em algo do gênero. Acredito que mudar as rotas torna a vida mais interessante. E por isso que é bom quando entendemos que as pessoas são diferentes, que tem anseios diferentes. O que é ruim hoje para mim é bom para mta gente. Ou seja, a situação em si não é o problema mas, sim, quem está no controle dela. Por isso que estou aprendendo a não criticar tanto as escolhas alheias. Cada um sabe onde seu calo aperta.

Hoje eu preciso de tempo para colocar em prática diversos planos e projetos. Preciso de tempo para estudar e me capacitar. Preciso de tempo para conhecer gente nova que vai me agregar ideias novas. Preciso de tempo para me desenvolver como ser humano. E dinheiro não compra tempo, infelizmente. E tempo não volta mais.

Eu prefiro mudar milhões de vezes a ser uma frustrada eterna. Eu prefiro arriscar e mudar rotas a pensar no que poderia ter acontecido se eu, afinal, tivesse perdido o medo e mudado as rotas. Essa sou eu e quem quiser que me aceite. 

18/01/2015

Motivação

Você percebe quando algo te motiva quando é capaz de passar horas a fio se dedicando a ele sem sentir o tempo passar e buscando a excelência no que faz. É atrás disso que eu estou. Atrás de algo que verdadeiramente me motive profissionalmente e pessoalmente, que me faça não sentir o correr das horas e me incentive a melhorar sempre. E acho que eu finalmente me encontrei.

Meu maior medo é ser uma eterna frustrada. De viver em busca de algo que nunca vou encontrar. Mas eu estou preparada para os momentos de desânimo que sei que vão aparecer neste novo caminho. Mas sinto que trabalhar com educação vai me tornar uma pessoa melhor.

A novidade é que começo em março uma nova graduação: Pedagogia. Todos aqueles com quem comentei disseram que sou louca mas serei uma louca feliz. hahahaha Pode ser que não seja nada disso e meu caminho seja direcionado para outra coisa mas hoje é o que tenho no meu coração e só vou saber se arriscar. E eu sei que Deus não me deu uma personalidade forte e de "botar a cara a tapa" à toa. Eu creio que esse rumo nasceu primeiro no coração de Deus e Ele tem me inspirado, tem me dado coragem. É assim que tenho entendido mas não tenho compromisso com o erro: volto atrás no que for necessário, quantas vezes for necessário.

Virei o ano já nessa certeza de me envolver com educação. De retomar meu compromisso com a obra de Deus, de buscar formas de realização profissional, de mudar a vida das pessoas. Eu sei que eu posso fazer isso, Deus me dá essa capacidade. No último domingo, depois de algum tempo sem ir a uma igreja, fui a uma que é perto da minha casa. Ao ler o boletim, me deparei com um curso de capacitação para alfabetizar jovens e adultos. Busquei informações com a responsável pelo curso e ontem eu estava lá, iniciando mais uma etapa.

Como é gratificante ser responsável por ajudar na transformação da vida de alguém. Já sinto o peso da responsabilidade de ser uma professora, de ter que ter um compromisso de tolerância, respeito e cuidado com esses futuros alunos, que ainda não conheço. Como eu me apaixonei pelo método, como me assustei com o alto índice de pessoas analfabetas do Rio de Janeiro. E como eu quero marcar a vida dessas pessoas mostrando a elas que sim, elas podem! :)

A educação no Brasil é extremamente preocupante e todo mundo sabe disso. O governo nada faz mas entendo que também somos responsáveis e não apenas pela educação dos nossos filhos. Creio que Deus capacita a todos nós para fazermos a diferença. A questão é que somos todos ainda muito egoístas. E foi essa visão de egoísmo que me fez querer mudar o rumo da minha vida. Eu não nasci para viver em torno do meu umbigo e do umbigo da minha família. Eu nasci para ser agente de transformação aonde quer que eu vá. Mas para isso preciso entender qual é a minha missão. Entender para onde Deus quer me direcionar e essa resposta varia de pessoa para pessoa. Entenda qual o seu chamado e invista nele, com todas as dores e renúncias que ele trará. Tenho certeza que a recompensa será colhida na eternidade. 

Indicação do Dia - Lu Lachance

     Conheci a Lu Lachance pelo Instagram e ela é dos poucos perfis que eu gosto de acompanhar com frequência.  Gosto da visão de mundo que ...